Observações de Júpiter na Oposição de 2011

São bastante proveitosas as observações de Jupiter, por ser o planeta que melhor recompensa o estudo, pela grande quantidade de interessantes detalhes visíveis, por constantemente estar apresentando mudanças, e por estar próximo da Terra (oposição) no momento.
Com a vantagem de o encontrar-mos em oposição a cada treze meses, ele pode ser estudado regularmente por um longo período de tempo, principalmente pelo seu grande tamanho aparente.
O estudo das faixas, das bandas (zonas) mais claras entre as faixas, das zonas polares, do súbito aparecimento de manchas ovais brancas e de manchas ovais escuras, a Grande Mancha vermelha e a Mancha vermelha Junior (oval BA), falhas circulares (baías) na borda norte da faixa equatorial norte, estrias esbranquiçadas na faixa equatorial sul, além dos contornos irregulares nas bordas das faixas que recompensam enormemente o observador.
Quanto às suas luas, trânsitos, projeções de sombras no disco do planeta, eclipses, imersões e emersões, são um espetáculo à parte dessas pequeninas luas aos telescópios, inclusive com variações nos seus diâmetros e nas suas colorações.
Ultimamente, são as zonas mais claras entre as faixas temperadas e equatoriais que tem se mostrado com bastante nitidez, como uma faixa clara contrastando entre as mais sombrias.
A cada dia Jupiter confirma mais o fama de ser um gigante dentro do sistema solar, tamanha a velocidade do aumento de seu diâmetro aparente aos nossos olhos, na sua marcha cada vez mais próxima de nós ao redor do Sol atualmente.
Para o dia 29/10/2011 teremos Jupiter na sua máxima aproximação da Terra às 03:00hs (horário de verão) UT 05:00hs, além da passagem da Grande Mancha vermelha (GMV) pelo meridiano central do planeta às 02:00hs (horário de verão).

Boa tarde a todos.

Ôpa Bruno, gostaria passar um breve relato, sobre a observação que fiz ontem a noite, por volta 20:00 hs (23:00 hs - TU), na verdade comecei às 17:00 hs (20:00 hs - TU), com a observação da lua, que estava muito bonita. Enquanto ia observando, ficava calibrando o refletor de 114 mm e DF 1000 mm, deu para melhorar um pouco. Mas vamos ao que interessa: O planeta gigante, já se encontrava a aproximdamente a uns 60º, céu parcialmente limpo com nuvens espaçadas, comecei com a ocular de 25 mm (40x), onde observei nitidamente, o disco esbranquiçado do planeta e desta vez dava para perceber uma sombra de 2 faixas equatoriais, sinal que o 114 mm está melhorando, e percebi nitidamente 3 luas de um lado do planeta e nenhuma lua do outro. A quarta lua estava por trás
do planeta, mas para minha surpresa, pouco tempo depois comecei a observar a quarta lua que vinha aparecendo junto ao limbo do planeta. Pela primeira vez consegui ver o planeta Júpiter nesta configuração de luas, ou seja, 4 luas de um lado, e nenhuma lua do outro. Passei para a ocular de 10 mm (100x), consegui ver o disco do planeta um pouco maior, mas com um foco um pouco sofrível e resolvi voltar a ocular anterior, onde a imagem que se apresentava era muito superior. Fiquei observando Júpiter até aproximadamente 21:30 hs (24:30 hs - TU), onde revezei entre a observação das plêiades, com o auxílio do meu bino, estava com uma imagem bem nítida, Júpiter com o bino ficou com uma boa imagem, mas com o tele, ficou bem mais confortável de observar, pois a imagem era bem maior e de boa qualidade também. Observei também, a constelação de Orion que vinha despontando no horizonte, muito linda. Encerrei a observação com o céu que já apresentava várias nuvens de vários tamanhos, que já estava atrapalhando, mas fiquei satisfeito com o que vi. Espero na próxima estar com o 114 mm calibrado para melhores observações. A observação com o refrator de 100 mm de seu Zé Roldão, está programado para esta próxima quarta-feira, no feriado, espero que tudo dê certo, se Deus quiser.
Céus limpos a todos

Att. Edinaldo

Boa tarde Edinaldo,
fiquei feliz em saber que você está se acertando com a colimação do 114mm, e com o aumento gradual da magnificação você poderá então estabelecer parâmetros para se chegar a aumentos mais elevados e com qualidade.
Estou muito curioso para saber também sobre as imagens observadas através do refrator de 100mm F/16 do seu Zé Roldão. Aproveite pois parece que aí no nordeste vocês terão alguns dias ensolarados pela frente segundo o CPTEC/INPE.
Fico no aguardo de mais notícias suas.

Ôpa Bruno, hoje estive na casa de Zé Roldão e confirmei com ele a visita de amanhã, para observação de Júpiter e outros assuntos astronômicos. Vou levar meu irmão para me ajudar no deslocamento do telescópio de 100 mm e ao mesmo tempo para ganhar mais um adepto na astronomia. Aproveitei e pedi emprestado um livro sobre a lua, pois professor Chico está precisando para fazer um estudo. Acho que você conhece, é o de Rubens de Azevêdo. O nome do livro é "Selene, a lua ao alcance de todos", tive dando uma olhada rapidamente, enquanto aguardava meu dentista, e percebi que tem muita coisa interessante neste livro, acho que dá até pra criar um tópico aqui sobre a lua, quem sabe. Pergunto a você, sobre alguma dica para esta observação, ou seja, algum procedimento padrão? . Vou seguir mais ou menos como você e o pessoal faz, comecar com pequenos aumentos, ver configuração das luas e detalhes do disco. Levei meu bino para seu Zé ver hoje, e logo que ele experimentou, fez um comentário, dizendo que ele tinha um pouco de aberração, estranhei um pouco, mas seu Zé foi muito seguro no que disse.

Fala Edinaldo,
estou esperando então o seu relato das observações de jupiter com esse refrator de 100mm e F/16. Não tenho dúvidas de que vocês conseguirão boas imagens se depender só do instrumento.
Quanto ao livro do Rubens de Azevedo "Selene, a Lua ao alcance de todos", posso te adiantar que foi um dos primeiros trabalhos e melhores realizados aqui no Brasil sobre Selenografia, além de ser uma compilação de observações muito importantes realizadas por observadores competentes aqui e no mundo. Todos os grandes observadores lunares aqui no Brasil se espelharam nesse livro.
Ele aborda inclusive um tema fascinante na pesquisa lunar que são os TLPs (fenômenos lunares transitórios ou transientes), e que podem serem classificados como manchas escuras que ora são vistas e ora desaparecem, súbitas luminescências que duram alguns poucos segundos, estruturas arredondadas em forma de bolha (domos) nas bordas de alguns mares, escurecimentos semelhantes a neblinas ou emanações gasosas como as que foram observadas e fotografadas pelo observador russo Kozirev, inclusive com espectrogramas, além de outras anomalias ainda sem explicação, como o súbito desaparecimento da cratera Linné.
Para um estudo bem produtivo a ser realizado sobre a lua, creio que o ideal seria também além dessa importante obra de selenografia, você ter em mãos um bom mapa lunar para ir se familiarizando com os principais acidentes em sua superfície, e assim poder com mais chances detectar algum fenômeno que possa se contrastar nessas áreas já de antemão conhecidas.
O estudo da superfície lunar é muito gratificante, e no mínimo impressionante quando a apreciamos com o seu jogo de luzes e sombras delineando as suas principais configurações.
Nós já temos aqui um tópico sobre a Lua e será extremamente importante você participar com os seus relatos, além da possibilidade real de podermos contribuir para um melhor conhecimento desse nosso planeta irmão.
Sinta-se em casa.

Ôpa Bruno, é com muita frustração que faço esse pequeno relato de Júpiter. Cheguei na casa de Zé Roldão às 16:00 hs (19:00 hs - TU), armado até os dentes, com meu bino, o ipod com o programa para localização dos astros, meu guia de estrelas e planetas e de quebra o violão da minha filha, pois tinha prometido a ele que levaria para um treino antes da observação. Levei meu irmão também para me ajudar a carregar o tele de 100 mm, na hora da observação. Tocamos violão e cantamos, depois conversamos sobre assuntos variados, e quando percebi que já passava das 17:00 hs (20:00 hs - TU), pedi para dar uma olhada no céu para ver se via vênus, então fomos lá para parte do quintal da casa do Zé, onde ele tem um elevado, que serve como ponto de observação, quando chegamos no alto, avistei logo vênus, a olho nu, e com o bino, imediatamente localizei mercúrio, muito bonita conjunção por sinal, e notei que eles estavam mais perto do que da ultima vez que observei. Então eu disse ao Zé, vamos pegar o tele, mas ele disse, vou pegar o pequeno mesmo, porque o outro é muito complicado para deslocar ele, devido a montagem ser muito pesada, eu retruquei e disse, mas Zé, eu queria observar com o grande, mas ele disse, isto é bobagem, você precisa acabar com essa questão de aumento demais, o pequeno faz o mesmo efeito. Então fiquei paralisado e não quis discutir com ele, afinal ele era o dono do tele, rss. Além disso ele só pegou a ocular de 20 mm (45x), para usar no refrator de 60 mm de df = 900 mm, e apontou para Júpiter, que já vinha numa altura de 30° aproximadamente. Deu pra ver o disco de júpiter com as duas faixas equatoriais e mais nada, e as 4 luas, sendo 3 de um lado do disco e 1 sozinha do outro lado, bem afastada do disco do planeta. A qualidade da imagem, estava excelente, bem nítida, principalmente as luas, já no disco, as faixas notei um pouco apagadas. Depois disso, fizemos uma pequena observação na lua, com o mesmo aumento e finalizamos com a observação dos aglomerados de estrelas, na região da cauda da constelação de escorpião. No final, seu Zé perguntou se eu tinha ficado satisfeito, e eu respondi , que na verdade eu queria mesmo era ver com o 100 mm, e que ele ia ficar me devendo isto. Então ele me falou que ia preparar o tele de 100 mm para eu ver saturno na próxima vez, e deu um riso. Bruno me desculpe a frustração.


Céu limpo a todos

Att. Edinaldo

Sem comentários Edinaldo, sem palavras, seu Zé "pisou na bola"! Esperar Saturno para daqui a uns 6 meses ainda e com Jupiter arrebentando no céu junto com Mercúrio, Vênus e a Lua?
O Astro Fórum continuará sempre contando com os seus relatos, nem que sejam feitos a olho nu.
Um grande abraço.

Não esquenta Edinaldo, acelere a montagem do seu refrator de 80mm e resolva o problema da colimação do refletor de 114mm que tenho certeza de que em breve veremos bons relatos vindos aí da Paraíba.
Um grande abraço e se aveche!

04/11/2011
Observação de Jupiter.

Não vou me estender com as notas descritivas:
Hora: início às 00:30hs (TU/UT 03:30) e término previsto em 02:30hs (TU/UT 05:30)
Instrumento: luneta Jaegers 103mm F/15 montagem azimutal de coluna (treme-treme)
Oculares: 9mm (175x), 10mm (157x) e 15mm (105x)
Filtros: #82A-azul e #82B-light blue

Hoje o céu está excepcional, magnífico, a temperatura máxima desceu para os 20º, não há ventos e o jato subtropical está bem longe (que fique por lá!).
Por aqui os pássaros noturnos estão emitindo sons estranhos numa triste melodia, as estrelas cintilam preguiçosamente e a Lua que caminha para o 9º dia de lunação está afundando no horizonte nesse momento, fazendo desta madrugada um quadro perfeito nas suas primeiras horas. Que noite!
Resolvi fazer essa postagem agora enquanto observo pois ví em Jupiter uma coisa muito interessante.
Primeiramente, a imagem de Jupiter está excepcional, o rei dos planetas está gigante no campo do F/15, imenso, e os detalhes que consigo observar estão muito nítidos. Vejo três luas a leste e uma a oeste. Com certeza uma das luas a leste irá realizar um trânsito por volta das 03:00hs (TU/UT 06:00).
De imediato estou constatando as duas faixas equatoriais, as faixas temperada norte e a norte do norte, a faixa temperada sul (mais grossa hoje), as zonas polares e as demais. A faixa equatorial sul apresenta hoje algumas irregularidades na borda sul, e no seu interior posso ver algumas estrias ou flóculos esbranquiçados em toda a sua extensão. Infelizmente nenhuma mancha oval branca, nem a oval BA e muito menos a GMV puderam serem observadas pois estavam ocultas atrás do planeta.
A faixa equatorial norte apresenta irrregularidades na borda norte, com um ligeiro estreitamento próximo ao meridiano central de Jupiter, e uma mancha oval escura pode ser vista um pouco a leste do meridiano central. Tenho agora certeza absoluta de que essas ovais escuras tem o seu diâmetro alterado pois hoje essa mancha está um pouco mais estreita, não há duvidas pois ela é uma velha conhecida minha.
O que me causou espanto (pela segunda vez) foi o comportamento da faixa temperada sul, pois próximo ao meridiano central ela apresenta uma bifurcação onde um dos lados segue rumo ao norte, adentrando na zona tropical sul. Nunca havia observado isso antes, e essa ramificação que sai dela não é muito grande, talvez comparando baseado na minha memória visual cerca de duas vezes o comprimento longitudinal da GMV. A coloração dessa bifurcação é a mesma da faixa, uma mistura de cinza-grafite e castanho escuro. Essa bifurcação está se movendo em direção ao limbo oeste aparentemente na mesma velocidade que a mancha oval escura em direção ao oeste também. Não tenho a menor idéia do que ela seja. Há algum tempo atrás, a cerca de um mês, observei uma faixa que se alongou por todo o disco do planeta no mesmo sentido, mas hoje eu vejo esta bifurcação onde a ramificação não é totalmente retilínea, parecendo serpentear na base e na extremidade um pouco para o nordeste e o sudoeste.
Se algum colega observou e leu essa postagem, gostaria de saber se também viu ou registrou esse acontecimento. Vou dar continuidade às observações e se eu constatar mais algum evento inesperado volto e comunico.

Pois é Admin,
realmente hoje foi uma madrugada com um céu espetacular, numa atmosfera límpida e com Jupiter apresentando uma imagem excepcionalmente nítida, tanto que utilizei os dois filtros apenas para dar uma realçada na bifurcação que observei na faixa temperada sul. Espero que as coisas para o seu lado seja propícias hoje a noite e na próxima madrugada pois está valendo a pena.
Abaixo segue uma tabela para a próximo trânsito da GMV:
05/11/2011 às 02:45.

Valeu Edinaldo, quero também continuar a ler os seus relatos.
O F/15 estava começando a colecionar teia de aranha, e já fazia um bom tempo que eu não realizava uma observação satisfatória, e muito menos um relato, porém foi mesmo uma noite de observações bastante inspirada, tudo parecia combinar. Jupiter estava excepcionalmente nítido, e o que mais me intrigou foi aquela bifurcação que ví na faixa temperada sul. Vou ficar de olho nela hoje.
Sempre quando você diz que observou com o 114mm fico esperando ler um relato seu, e parece que o pessoal aí anda gostando de observar a Lua e hoje ela também estará muito bela por aqui!
Aqui hoje (sábado dia 05/11/2011) o céu está prometendo, e nós teremos mais um trânsito da GMV às 22:36hs, sem dúvida num bom horário, portanto uma boa oportunidade de se ver Jupiter com riqueza de detalhes. Se der tudo certo eu faço mais um relato, e espero que o tempo esteja promissor aí na Paraíba.
Boa sorte e céus limpos.

Hoje,
05/11/2011, tentei fazer uma observação do trânsito da GMV porém tive problemas quanto à qualidade do ar por aqui. Olhando no mapa do CPTEC/INPE, a minha região (centro-norte de Minas) está com um índice muito alto de emissões de monóxido de carbono. Apesar disso pude constatar a entrada da GMV pelo limbo leste e a passagem dela pelo meridiano central de Jupiter, além de uma mancha oval escura na borda norte da faixa Eq. norte, a faixa temperada sul, a norte e a norte do norte. Tive a sorte de também observar um trânsito de uma das suas luas com a sua sombra a leste da GMV, e por pouco não seria projetada sobre ela. A GMV apresentava o aspecto de sempre porém como uma aparência um pouco esmaecida por causa da poluição, e uma divisão na parte central da faixa Eq. sul, além de poder constatar com muita dificuldade a oval BA. O que valeu a pena é que apesar da qualidade da imagem comprometida, além da sombra pude acompanhar também a passagem da lua sobre o disco do planeta, tangenciando a borda sul da faixa Eq. sul.
É decepcionante estar com o equipamento todo montado para poder observar o trânsito da GMV, e ser frustado na tentativa pela sujeira lançada pelos seres humanos na nossa tão sofrida atmosfera. Será que os que fazem isso são seres "humanos" mesmo?

Tudo ok Edinaldo?
Olha, quanto ao seu problema com a postagem que não saiu, é porque estamos passando por um período de adaptação, e como esse Fórum ainda está começando às vezes encontramos alguns problemas técnicos, porém acho que agora está sob controle.
Não vejo a hora de ler uma postagem sua me dizendo que o 114mm está colimado, e esse dia vai chegar se Deus quiser, é assim mesmo pois às vezes nós nos deparamos com situações que requerem um pouco de paciência mas que no final acaba dando tudo certo.
Será um prazer poder-mos fazer observações paralelas do gigante gasoso, e dos outros planetas que se encaminharem para a oposição.
Hoje dei um pouco de sorte e o céu ajudou bastante aqui, porém já havia acontecido o trânsito da GMV quando Jupiter adquiriu uma boa altura, mas pude ver duas manchas ovais escuras na borda norte da faixa Eq. norte além de algumas irregularidades nela, e uma divisão ou uma faixa estreita no meio da zona equatorial. Tenho notado uma certa dificuldade em observar as faixas temperadas nele e acredito que isso se deve a condições atmosféricas em Jupiter. Se você tiver o mesmo problema me comunique. Só pode ser na atmosfera Joviana, pois há uns dois meses atrás eu cheguei a observar as faixas polares sul e norte, o que não é muito fácil de se ver.
Bem, vamos continuar vigiando o nosso amigo gigante que ele ainda reserva para nós grandes observações.
Quanto ao meteoro Edinaldo, sinceramente estou sabendo agora através da sua postagem. Não seria por acaso o cometa que anda por aí desde meados de outubro, e estaria havendo uma confusão? Agora eu fiquei curioso e se você tiver alguma informação por favor me comunique tá bom?
Um grande abraço e fico no aguardo.

Pois então Edinaldo,
agora eu entendí, no caso será um asteróide. Apesar desse asteróide ter sido detectado há um bom tempo, eu não sabia dessa aproximação máxima nesse próximo dia 8 de novembro. Ele vai passar a uma distância inferior a da Lua, cerca de 320 mil km contra os 380 mil km da Lua. Em termos astronômicos estará "tirando uma fina" na Terra! Isso é muito sério pois ele tem o tamanho de um navio, e seria catastrófico se chocasse com o nosso planeta. Uma explosão semelhante a milhares, quem sabe até milhões de TNT!
Imagina isso sobre uma populosa capital mundial, ou no oceano provocando gigantescos maremotos! Se você conseguir visualizar algo por favor nos relate. Por aqui creio que será difícil ver alguma coisa pois as condições atmosféricas para as observações estão péssimas.
Não consigo nem imaginar o estrago que um corpo desses poderia fazer na Terra caso ele colidisse com ela!
Agora quanto às condições de observações adversas em Jupiter, é possível sim que ocorra algo na sua atmosfera que possa dificultar a visualização dos seus principais detalhes, mas comecei a refletir sobre isso e estou suspeitando de que essa dificuldade na visualização das faixas temperadas se deve principalmente à nossa péssima qualidade do ar por aqui. No mês de setembro em apenas um dia os satélites de monitoramento do CPTEC/INPE localizaram mais de 11.700 focos de queimadas. Não há atmosfera que aguente! Vamos esperar ela dar uma boa limpada e quando estiver estável e descarregada poderemos fazer uma nova avaliação.
Um abraço.