O céu do Chile
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PauloM
Marcos Poncio
deireadh
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Re: O céu do Chile
De fato a concentração de raios no território brasileiro é muito alta. Só para se ter uma ideia de janeiro desse ano de 2015 até agora (meados de março), já caíram aqui no Brasil cerca de 57 milhões de raios, sendo a maioria na região norte.
A maior dificuldade em se obter raios artificiais são as descargas atmosféricas, por que na presença delas o campo elétrico local enfraquece a descarga que daria início ao processo por indução na extremidade do foguete.
A maior dificuldade em se obter raios artificiais são as descargas atmosféricas, por que na presença delas o campo elétrico local enfraquece a descarga que daria início ao processo por indução na extremidade do foguete.
Bruno
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Re: O céu do Chile
57 milhões em 3 meses Mas esse total está incluso os raios entre as nuvens ou todos eles são entre a terra e as nuvens ? Então quer dizer que para se produzir um raio artificial as nuvens não podem ter nenhuma descarga entre elas ?
Re: O céu do Chile
Olhem issooo
https://www.youtube.com/watch?v=rVBn8R4qzYQ&t=33
https://www.youtube.com/watch?v=rVBn8R4qzYQ&t=33
Marcos Poncio- Astronomo Amador
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Re: O céu do Chile
Caramba, que força da natureza . Não tenho a menor ideia o porque da ocorrência de raios em uma erupção vulcânica. Talvez o Bruno possa falar alguma coisa sobre o assunto.
Re: O céu do Chile
1- O modelo meteorológico de previsão atual não assimila esses dados, dificultando a coleta de informações sobre os tipos de raios que foram contabilizados (se de nuvem para nuvem, nuvem para terra ou terra para nuvem).Dry escreveu:1- Mas esse total está incluso os raios entre as nuvens ou todos eles são entre a terra e as nuvens ?
2- Então quer dizer que para se produzir um raio artificial as nuvens não podem ter nenhuma descarga entre elas ?
3- Não tenho a menor ideia o porque da ocorrência de raios em uma erupção vulcânica
2- Um campo elétrico é criado entre uma nuvem carregada positivamente e outra carregada negativamente. As cargas distribuídas na base e no topo das nuvens produzem um campo elétrico interno, denominado campo elétrico intra-nuvem. O valor do campo elétrico que provoca a ionização (rigidez dielétrica) varia com as condições da atmosfera. A dificuldade na indução de um raio artificial ocorre quando o campo elétrico ultrapassa um valor limite, ocorrendo então uma quebra da rigidez dielétrica no meio transformando o que é isolante em condutor, e no caso do foguete pode ocorrer o inverso se a sua extremidade tornar-se isolante.
3- Quanto aos raios durante as erupções vulcânicas, o processo tem início quando as partículas em suspensão emitidas pelo vulcão se separam, fazendo com que as que possuem carga positiva se afastem das negativamente carregadas. Se a separação da carga for tão alta a ponto de superar a resistência do ar, a eletricidade fluirá entre as partículas na forma de raios.
Bruno
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Re: O céu do Chile
O primeiro raio induzido pela técnica de foguetes aconteceu na costa oeste da Flórida, a bordo de um barco experimental em 1960. Em terra firme os primeiros raios induzidos foram obtidos na França em 1973. A técnica de indução de raios por foguetes foi e ainda é utilizada em alguns países como os Estados Unidos, França, Japão e China, além de experimentos também realizados na Alemanha, Indonésia e na Rússia.
Apesar das diversas técnicas de indução de raios atmosféricos artificialmente como o uso de raios laser em infravermelho e ultravioleta, os feixes de microondas e jatos de colunas de água com dezenas de metros de altura, a única técnica de indução que apresentou resultados relevantes foi e ainda é a utilização de pequenos foguetes ligados a um fio condutor. O fio que tem um diâmetro de cerca de 0,2 mm, vai se desenrolando à medida em que o foguete sobe na troposfera rumo a uma tempestade. Dependendo do estágio da tempestade em andamento, a indução de um grande número de raios pode acontecer repentinamente.
As estações de monitoramento contam instrumentos como sensores de corrente elétrica, campo elétrico, campo magnético e luminosidade, câmeras VHS, uma câmera de alta velocidade e sensibilidade (capaz de registrar até 8 mil quadros por segundo).
Nos últimos anos as estações de indução por foguetes na Flórida conseguiram se destacar induzindo mais de 50 raios num periodo de 365 dias, e ao todo cerca de mil raios artificiais já foram induzidos por foguetes em todo o mundo até hoje.
Apesar das diversas técnicas de indução de raios atmosféricos artificialmente como o uso de raios laser em infravermelho e ultravioleta, os feixes de microondas e jatos de colunas de água com dezenas de metros de altura, a única técnica de indução que apresentou resultados relevantes foi e ainda é a utilização de pequenos foguetes ligados a um fio condutor. O fio que tem um diâmetro de cerca de 0,2 mm, vai se desenrolando à medida em que o foguete sobe na troposfera rumo a uma tempestade. Dependendo do estágio da tempestade em andamento, a indução de um grande número de raios pode acontecer repentinamente.
As estações de monitoramento contam instrumentos como sensores de corrente elétrica, campo elétrico, campo magnético e luminosidade, câmeras VHS, uma câmera de alta velocidade e sensibilidade (capaz de registrar até 8 mil quadros por segundo).
Nos últimos anos as estações de indução por foguetes na Flórida conseguiram se destacar induzindo mais de 50 raios num periodo de 365 dias, e ao todo cerca de mil raios artificiais já foram induzidos por foguetes em todo o mundo até hoje.
Bruno
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Re: O céu do Chile
Muito interessante esta técnica de raio artificial. Achei este pequeno vídeo onde mostra os detalhes da descarga após o foguete subir vejam só:
Re: O céu do Chile
Excelente o video, dá para ver perfeitamente o fio condutor sendo vaporizado por um raio negativo desde o alto até à base, restando apenas uma trilha de fumaça escura.
Bruno
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Re: O céu do Chile
Dry escreveu:57 milhões em 3 meses
Para se ter uma ideia das manifestações elétricas na troposfera, ao redor da terra caem cerca de 100 raios por segundo. No Brasil só nas regiões sudeste e sul que são as de menor incidência perdendo apenas para a região norte, a incidência é de 25 milhões de raios anualmente no período de dezembro a março.
Siga o monitoramento pelo INPE em tempo real (clique em Animação), e acompanhe a distribuição das descargas atmosféricas como pontos que variam do vermelho ao violeta: http://sigma.cptec.inpe.br/raio/
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Bruno
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Re: O céu do Chile
Que Loucura de video é esse :0
Marcos Poncio- Astronomo Amador
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Re: O céu do Chile
Muito boas as suas fotos Dry.
Eu gosto de ver(e somente ver) os raios.
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orlando- Astronomo Amador
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Re: O céu do Chile
Obrigado Orlando.orlando escreveu:Muito boas as suas fotos Dry.
Eu gosto de ver(e somente ver) os raios.
Eu também tenho um grande respeito por essa enorme força da natureza. A maioria das fotos são feitas quando os raios estão entre nuvens e somente de vez em quando fotografo um que seja entre nuvem /terra pois o risco é bem grande.
Re: O céu do Chile
Bruno escreveu:Dry escreveu:57 milhões em 3 mesesPara se ter uma ideia das manifestações elétricas na troposfera, ao redor da terra caem cerca de 100 raios por segundo. No Brasil só nas regiões sudeste e sul que são as de menor incidência perdendo apenas para a região norte, a incidência é de 25 milhões de raios anualmente no período de dezembro a março.Bruno
Siga o monitoramento pelo INPE em tempo real (clique em Animação), e acompanhe a distribuição das descargas atmosféricas como pontos que variam do vermelho ao violeta: http://sigma.cptec.inpe.br/raio/
Moderador
Legal esse monitoramento ! Fui ampliando o mapa até chegar na minha cidade e ficou cheio de pontos ! A escala de cores se refere a intensidade do raio ?
Re: O céu do Chile
A escala de cores refere-se ao tempo decorrido da descarga atmosférica:Dry escreveu:A escala de cores se refere a intensidade do raio?
- vermelho: de 0 a 5 minutos atrás.
- amarelo: de 5 a 15 minutos.
- verde: de 15 a 30 minutos.
- azul: de 30 a 45 minutos.
- violeta: de 45 a 60 minutos.
Bruno
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Re: O céu do Chile
Esse tipo de monitoramento é feito para a contagem dos raios, e saber também com antecedência por onde a tempestade com eles irá passar. Dependendo da intensidade alertas são emitidos com 30 minutos de antecedência, de forma a dar tempo para desligarem estratégicamente as partes da rede localizadas na rota das descargas elétricas.
Apesar do ELAT contar com 70 sensores distribuídos por todo o território nacional, a análise dos raios ainda é limitada por ser feita em apenas duas dimensões, ou seja, da mesma forma como nós vemos numa fotografia. Entretanto está sendo desenvolvido em São José dos Campos um software em 3D, como três câmeras registrando em tempo real e de diferentes posições um mesmo raio, reconstruindo detalhes como os ângulos, as ramificações, de onde partiu e onde ele caiu.
Apesar do ELAT contar com 70 sensores distribuídos por todo o território nacional, a análise dos raios ainda é limitada por ser feita em apenas duas dimensões, ou seja, da mesma forma como nós vemos numa fotografia. Entretanto está sendo desenvolvido em São José dos Campos um software em 3D, como três câmeras registrando em tempo real e de diferentes posições um mesmo raio, reconstruindo detalhes como os ângulos, as ramificações, de onde partiu e onde ele caiu.
Bruno
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