Jato subtropical e péssimas imagens telescópicas.
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Jato subtropical e péssimas imagens telescópicas.
Como acontece todos os anos devemos tomar cuidado com grandes aumentos nas sessões de observações entre os meses de maio a agosto. Já comecei a ter problemas em obter boas imagens com aumentos elevados devido à presença do inconveniente jato subtropical que começa a se intensificar nessa época, ou seja, nos meses do Outono (Março, Abril, Maio). Nos níveis mais altos da atmosfera existe uma região onde a componente do vento zonal atinge valores máximos nessa época do ano em que nos encontramos. Apesar do céu límpido, pode-se perceber um aumento significativo na cintilação das estrelas e as imagens planetárias e lunares às vezes parecem "ferver" ou se "dissolverem" no campo do telescópio. É horrível e entediante. O único meio de tentar diminuir a interferência é se valer de aumentos dentro dos coeficientes da ordem de no máximo 1x a 1.5x o diâmetro da objetiva em milímetros. Se ao consultar a carta de altitude encontrar-mos o jato subtropical sobre a nossa região o melhor a fazer é pegar um bom livro e deixar o telescópio guardado.
No outono o Jato Subtropical apresenta-se bem definido e em processo de intensificação, e a sua intensidade fica em média acima de 40 m/s e justamente posicionado sobre o sul da América do Sul na faixa de latitude que vai de 30ºS a 40ºS e com incursões no sudeste também. A intensificação do jato é uma resposta ao gradual aumento do gradiente meridional de temperatura.
Nos meses de Inverno (Junho, Julho, Agosto) o jato atinge a sua máxima intensidade e atuação sobre a América do Sul com valores médios de até 45 m/s. Em média encontra-se oscilando na faixa latitudinal de 25ºS e 30ºS, com uma suave inclinação de noroeste para sudeste. Isso quer dizer que as chances de explorar-mos o coeficiente máximo de aumentos nos nossos instrumentos ficará em boa parte comprometida justamente no inverno quando a atmosfera fica com a umidade relativa do ar diminuída, o que facilitaria enormemente a qualidade das imagens telescópicas não fosse a inoportuna presença do jato subtropical.
No outono o Jato Subtropical apresenta-se bem definido e em processo de intensificação, e a sua intensidade fica em média acima de 40 m/s e justamente posicionado sobre o sul da América do Sul na faixa de latitude que vai de 30ºS a 40ºS e com incursões no sudeste também. A intensificação do jato é uma resposta ao gradual aumento do gradiente meridional de temperatura.
Nos meses de Inverno (Junho, Julho, Agosto) o jato atinge a sua máxima intensidade e atuação sobre a América do Sul com valores médios de até 45 m/s. Em média encontra-se oscilando na faixa latitudinal de 25ºS e 30ºS, com uma suave inclinação de noroeste para sudeste. Isso quer dizer que as chances de explorar-mos o coeficiente máximo de aumentos nos nossos instrumentos ficará em boa parte comprometida justamente no inverno quando a atmosfera fica com a umidade relativa do ar diminuída, o que facilitaria enormemente a qualidade das imagens telescópicas não fosse a inoportuna presença do jato subtropical.
Bruno- Moderador
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Data de inscrição : 29/10/2011
Idade : 62
Jato subtropical
Aconselho que se possível sempre confiram no link abaixo quando ele abrir, observando à esquerda em Boletins e Anáiles Técnicas e clicar na opção "cartas de altitude" para se saber a localização do jato subtropical. A área de influência mais crítica aparece como uma linha que termina numa seta em vermelho, e as outras áreas mais externas à área crítica e que também atrapalham as observações deteriorando a qualidade das imagens aparecem nas cores verde-claro e escuro. Confiram então no link se o jato subtropical e a sua área de influência estão sobre a sua região quando você for observar: http://tempo.cptec.inpe.br/
Obs: para aqueles que na hora não puderem dispor de internet basta observar a cintilação das estrelas. Se elas estiverem cintilando calmamente como que pulsando, as chances de se utilizarem aumentos elevados aumentam muito. Caso elas estejam cintilando rápidamente tanto perto do horizonte como próximas ao zênite indica fortes correntes de ar em forma de jatos nas camadas mais altas da atmosfera, geralmente na troposfera, e nesse caso o rendimento do instrumento pode cair pela metade e até mais pois sofrerá de "aberração atmosférica". Se os planetas estiverem cintilando então, esqueça! Espere o jato subtropical ir embora ou utilize aumentos entre 1x a 1.5x o diâmetro da objetiva em milímetros, ou seja, para uma objetiva de 100mm por exemplo utilize no máximo aumentos entre 100x a 150x.
Obs: para aqueles que na hora não puderem dispor de internet basta observar a cintilação das estrelas. Se elas estiverem cintilando calmamente como que pulsando, as chances de se utilizarem aumentos elevados aumentam muito. Caso elas estejam cintilando rápidamente tanto perto do horizonte como próximas ao zênite indica fortes correntes de ar em forma de jatos nas camadas mais altas da atmosfera, geralmente na troposfera, e nesse caso o rendimento do instrumento pode cair pela metade e até mais pois sofrerá de "aberração atmosférica". Se os planetas estiverem cintilando então, esqueça! Espere o jato subtropical ir embora ou utilize aumentos entre 1x a 1.5x o diâmetro da objetiva em milímetros, ou seja, para uma objetiva de 100mm por exemplo utilize no máximo aumentos entre 100x a 150x.
Bruno- Moderador
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