Cometa ISON.

Seguem no link duas fotos do ISON feitas na madrugada de hoje (15/11): https://www.facebook.com/photo.php?fbid=392352424232027&set=a.265866736880597.68665.265865056880765&type=1&theater  

Pode colocar pelo menos mais duas observações que concordam com a sua Lucas87, a minha e a de um colega que faz observações conjuntas comigo, e foi o que constatamos na madrugada de hoje com uma atmosfera excepcionalmente limpa e estável a marca de no mínimo uma magnitude "beirando" a 5. Confirmando o que você disse, mais útil do que ficar falando é ficar de olho pois é assim que se estimam as verdadeiras magnitudes, e não baseando em estatísticas e previsões utilizando  como parâmetro apenas as observações realizadas nas latitudes do hemisfério norte.  

Seguem no link fotos do cometa ISON realizadas na madrugada de hoje: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=393988737401729&set=a.265866736880597.68665.265865056880765&type=1&theater

Segue no link a melhor imagem do ISON feita até agora pelo astrônomo amador britânico Damian Peach, um "fera" da astrofografia mundialmente reconhecido:
http://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br/2013/11/18/a-melhor-imagem-do-cometa-ison/

Hoje de madrugada o céu estava esplêndido aqui na minha região, mas nem sinal do DESILUISON.

Recebi este email hoje, é um pouco longo mas vale a pena conferir:

"Cientistas divergem sobre possível fragmentação do cometa ISON.
Uma série de observações realizadas entre 4/11/13 e 13/11/13 mostrava que algo de novo acontecera com o cometa. A atividade aumentou muito e um repentino aumento de brilho ocorrido em 24 horas apontava para um cometa em processo de outburst.
De acordo com alguns relatos, o brilho do cometa teria aumentado cerca de 1,2 magnitudes em menos de um dia, o que significa que C/2012 S1 ISON ficou 3 vezes mais forte em menos de 24 horas. Para o astrônomo Emmanual Jehin, ligado à Universidade de Liege, na Bélgica, esse incremento de intensidade resultou no dobro da produção do material que vinha sendo ejetado pelo cometa.
Algumas observações feitas no hemisfério norte relatavam que ISON já podia ser visto a olho nu em locais de céu muito escuro. Ao mesmo tempo, observadores experientes afirmam que o cometa estava muito brilhante quando visto através de binóculos.
Além do incremento de brilho, as imagens registradas mostravam que a cauda do ISON parecia ser formada por duas ou três esteiras de partículas, o que aumentava as chances de ISON não ser mais formado por um único núcleo, mas por uma rocha fragmentada. Isso poderia ser a causa do outburst observado pelos astrônomos, mas ainda no campo da especulação.

http://www.apolo11.com/imagens/2013/cometa_ison_15nov2013_damian_peach_20131118-092100_big.jpg
duas ou três esteiras de partículas, foto de 15/11/13

Ainda não se podia afirmar com certeza se o cometa estava definitivamente em outburst, pois seriam necessárias mais algumas sessões de registros para detectar novos incrementos de brilho. No entanto, a elevação abrupta no brilho mostrava que ISON já não era o mesmo cometa de antes.
Caso o cometa estivesse realmente em outburst, se fragmentando à medida que se aproxima do Sol, poderia se ter algumas surpresas nos dias vindouros e seu brilho poderia ser comparado ao das estrelas mais destacadas. No entanto, se a sublimação de material fosse muito elevada, poderia não haver reservas suficientes para mantê-lo ativo até o dia do periélio, em 28 de novembro.
A má notícia para os habitantes do hemisfério sul é que ISON estava nascendo cada vez cada vez mais perto do Sol, o que dificultaria as observações nas próximas pré-manhãs. No Brasil, os moradores das regiões Nordeste e Norte estariam com mais sorte e ainda teriam alguns dias para ver o cometa.
Um dia após o alerta de que o cometa ISON poderia estar em outburst, diversos observadores passaram a notar um incremento substancial em seu brilho. Segundo alguns relatos o cometa já está visível a olho nu e definitivamente entrou em outburst!

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salto de brilho, ou outburst, entre 03 e 15/11/13

De acordo com informes vindos de observadores do hemisfério norte, C/2012 S1 ISON atingiu a magnitude 4.0 na manhã da sexta-feira 15/11/13, o que permitia que o cometa já pudesse ser visto sem auxílio de instrumentos nas pré-manhãs. Alguns informes davam conta de que o brilho seria ainda maior, com magnitude estimada em 3.5.
O aumento súbito de brilho de um cometa é conhecido pelos astrônomos como outburst e ocorre devido à perda abrupta de massa em um intervalo de tempo muito pequeno. Essa vaporização de material ejeta ao espaço muita água e poeira, que aumenta o tamanho da coma (a atmosfera ao redor do núcleo), o que faz o cometa brilhar ainda mais diante do Sol.
Até 14/11/13, quando as notícias de que ISON poderia estar em outburst, a magnitude estimada era de 6.0, no limiar de brilho da visão humana. Depois, com os relatos de que o cometa atingira a magnitude 4.0, não havia mais duvidas de que ISON estava em processo de outburst. Apenas para lembrar, um incremento de 2 magnitudes equivale a um aumento de brilho maior que 6 vezes.
Não se sabe exatamente qual a causa do outburst do cometa ISON, mas algumas imagens feitas pelo astrônomo amador Tony Scarmatto mostravam sinais sugestivos de um possível rompimento no núcleo do cometa. O aumento de brilho também pode ser consequência da aproximação do Sol, uma vez que a vaporização constante expõe novas camadas de rocha, que por sua vez também sublimam. Isso cria jatos de gás que são lançados ao espaço em direções diferentes, rotacionando o cometa e expondo novas áreas à radiação solar.
ISON é pequeno e terá um encontro fulminante com o Sol no próximo dia 28. Antes de entrar em outburst já se especulava a possibilidade que o cometa poderia não conseguir contornar a estrela, mas a repentina perda de massa verificada nos últimos dias pode acelerar esse processo de o ISON ser consumido antes do periélio.
O interessante é observar que até antes do outburst o ISON estava meio esquecido, já que era um astro pálido e só visível através de telescópios de médio e grande porte. De repente, o ISON passa a brilhar muito e volta a chamar a atenção. Mas tal fato pode prenunciar maus presságios.
Após entrar em outburst e causar alvoroço entre os astrônomos, agora o cometa ISON parece ter diminuído de brilho novamente. Isso se explica por novas análises que sugerem que o cometa pode ter se dividido em pelo menos dois pedaços que rumam para o Sol.

http://www.apolo11.com/imagens/2013/cometa_ison_2_nucleos_20131118-091925_big.jpg
dois núcleos nítidos, foto de 14/11/13

A hipótese de rompimento do núcleo já havia sido levantada tendo como base as imagens divulgadas pelo especialista Tony Scarmato. Através de processamento digital, Scarmato detectou ejeções de gás em forma de asas sendo lançadas em duas direções diferentes, além de um pequeno "gap" na curva de luminosidade do cometa.
Ao mesmo tempo, observações feitas no sábado e domingo (19 e 20 de nov/13) por diversos astrônomos amadores e profissionais mostraram que C/2012 S1 ISON diminuiu significativamente de brilho, embora ainda possa ser observado à vista desarmada em locais de céu muito escuro.
Segundo Scarmato, se a análise digital estiver correta os dois núcleos principais deverão ser vistos separadamente já nos próximos dias e poderão ser chamados de ISON-A e ISON-B para facilitar a identificação. Em outras palavras, ao invés de um, ISON seria agora dois cometas rumando para o Sol!
Apesar da análise bastante aprofundada de Scarmato sugerir o rompimento, outros especialistas na área não são tão taxativos e esperam por novas observações para afirmar se o núcleo de ISON realmente está rompido.

http://www.apolo11.com/imagens/2013/cometa_ison_brilho-radial_20131118-092010_big.jpg
“gap”, ou lacuna, ou dente, na curva de luminosidade

Para Terry Lovejoy, conhecido descobridor de cometas, se de fato ocorreu a ruptura é preciso estudar os componentes separadamente, a distância entre eles e a velocidade de afastamento entre os fragmentos. Como não existem observações diretas que comprovem isso (apenas especulações sobre análises digitais), ainda é cedo para essa conclusão.
Além da falta de imagens que mostrem o núcleo rompido, outro ponto que causa dúvidas entre os especialistas é o gráfico de brilho radial apresentado por Scarmato. O pesquisador afirma que a pequena anomalia observada no pico da luminosidade está relacionada ao segundo fragmento, mas no entender de outros astrônomos essa variação está ligada à saturação dos pixels naquela região e, portanto não poderia ser considerada como "prova" da fragmentação.
A maioria dos estudiosos entende que para ser consistente, deveria haver dois gráficos de magnitude, um para ISON-A e outro para ISON-B e isso ainda não foi apresentado.
Como vemos, o maior problema neste momento é obter provas da fragmentação de ISON e isso está ficando mais difícil, uma vez que o cometa está cada vez mais perto do Sol e aparentemente mais fraco que há uma semana.
Uma possibilidade de sanar essa dúvida pode acontecer nesta segunda e terça-feira (18 e 19 de novembro), quando o cometa se aproximará da sonda Messenger, atualmente orbitando o planeta Mercúrio e algumas imagens deverão ser feitas.
Caso a quebra do núcleo seja confirmada através de imagens ou dados inquestionáveis, teremos então dois ou mais cometas pequenos se aproximando do Sol. Fragmentado, as chances de ISON contornar a estrela ficariam ainda mais reduzidas, mas o show de imagens através do telescópio SOHO está praticamente garantido."

Fonte: dr.franciscobatista@gmail.com

Segue no link um artigo importante sobre a fotometria de cometas:
http://www.armazemdotelescopio.com.br/loja/index.php/artigos-astronomia/astrofotografiaartigos/164-fotometria-de-cometas-estimacao-de-magnitudes

Segue uma imagem recente do cometa ISON que está se contraindo e até poderá desaparecer: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=472799749503501&set=a.330832280366916.75536.100003204401941&type=1&theater

Antares é uma estrela de magnitude 1, e sendo a contração do núcleo do cometa inevitável, haverá com isso um natural aumento na magnitude dele se comparado com a estrela através das imagens da SOHO, e as estimativas do seu brilho difuso desde o espaço mostram que a sua magnitude exata não pode ser determinada se comparada com a medida através da nossa atmosfera. Devido ao material arrancado pelo vento solar, na proporção em que o núcleo estiver diminuindo, ou seja, quanto maior o brilho menor estará ficando o núcleo, é provável que o ISON esteja passando pelos seus últimos momentos de maior visibilidade, entretanto é bom continuar de olho para quem sabe podermos registrar um dos ultimos lampejos desse viajante solitário pelo sistema solar.

Se esse fragmento maior ou o que ainda resta do núcleo do ISON sobreviver aos 2000º C durante esse seu periélio, poderá ainda passar por um repentino esplendor. Por ele estar naturalmente contraindo o seu diâmetro e mesmo que seja por fragmentação como apontam os dados, o gás que estará sendo agitado no seu centro poderá provocar uma fluorescência mais intensa do que a luz refletida pelo núcleo, e consequentemente por toda a cauda dele quando ele completar a órbita mais próxima do Sol.